terça-feira, 4 de novembro de 2008

Cegueira


Cotidiano
Solidão muda e cega
Imersa em uma banheira de pessoas
Que não vejo
Nem sinto.

Lacrimejo o desejo reprimido e
atiro copos na parede do meu peito
joelho e corpo
unidos pelos meus braços
fracos e castos
de tanto buscarem por você.

Me perco nesse vazio
da intensa escuridão das sombra dos rostos
que poderiam me fazer feliz.

Amanheço
no mesmo momento
que me sinto por inteiro seu.

Não importa se quem esbarro
e peço desculpas
seja diferente de ontem
Meus olhos são impedidos
de proporcionar sorriso
pois assim vivo
a cotidiana vontade de te enxergar.

Thiago Albino e Paulo Reis

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