domingo, 5 de outubro de 2008

Albino Tereza


Do meu irmao
eu carrego um amuleto
Do meu amigo
eu levo a alegria
Do companheiro
a camaradagem
Do confidente
a cabeça erguida

Dos garranchos
uma lembrança
lembrança de uma infância eterna
De santa tereza,nossa casa
De suas ruas,o samba
Do samba,
letras nunca feitas
Do violão,tentativas
Da gaita,nem isso

Da Mármore ao indaiá
do morro que tenta nos separar
da rua em que não dá pra passar
da morena à rebolar
do metro à chaqualhar
do vagão à mudar
pra corrida apostar
da infância nao quero separar

A responsabilidade há de chegar
Os cabelos, onde vão parar?
O nariz há de aumentar
os filhos vão brotar
contas para pagar
mulher pra atazanar
chopp pra acalmar
haja falta de ar!
Da barriga eu nao quero nem falar

Mas meu amigo,
esse eu tenho certeza
Não vai me abandonar
Sempre vai ficar!
Paulo Reis

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