terça-feira, 21 de outubro de 2008

Meu solo


A solidão
não chega em gotas
assola
devasta

Medo maior
que este lugar ermo,
desconheço em mim

Taciturno
Ódio pelo singular
Receio pelo sombrio

A solidão
não brada
é silenciosa

Corrompe
deprava
perverte
mortifica

A solidão atormenta
vigília
tortura
flagela

Com a solidão
se cresce,
modifica

na solidão
se forma o homem
e o homem se deforma
pela solidão

Paulo Reis

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, gostei bastante desse. Muito bem escrito!
Thaiane