sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A Véspera


Os suores, me revelam
expressam meu peito
cheio de dúvidas e
anseios

A insônia sentencia
me culpa por meus zelos
meus medos
desvarios

Decoro palavras
evitando uma gagueira infantil
mas que é inocultável

Meus nervos
a flor da pele
dos ossos
dos músculos

Músculos que me prendem
enjaulam minhas atitudes

Ah quantos amores vão morrer
antes mesmo de acontecer?
quantos vão se esvair e chorar

O tempo infinito
minutos milenares
esperam pelo amanhã

E assim juntos
anos se passam
suores secam
gagueiras somem
músculos frouxos

Ah se todos os amores
fossem sempre lindos
como o da véspera

Paulo Reis

Um comentário:

Anônimo disse...

muito belo e preciso!!!